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Projetos de Pesquisa dos docentes
Linha de Pesquisa: Variação e Mudança Linguística no Português
Alícia Duhá Lose
Alexandre António Timbane
A variação léxico-semântica do português angolano em músicas de kuduro no período 2010-2024
A língua portuguesa não é falada da mesma forma no espaço lusófono. Qualquer estudo comparativo entre variedades conclui que as variedades apresentam características peculiares e por isso devem ser respeitadas. A cada momento se percebe que o português que chegou com os colonizadores portugueses no séc. XVI adquiriu outras características inexistentes na época, passando vigorar características novas que demonstram a variação e a mudança linguística. Isso significa que na língua portuguesa existem várias normas (FARACO, 2004), sendo uma a mais prestigiada do que outras. No presente projeto pretende-se realizar um estudo sociolinguístico que analisará o léxico do português, partindo do vocabulário utilizado por cantores de Kuduru de Angola no período 2010-2024. A seleção terá em conta o gênero dos cantores, o local de origem e o período selecionado para a pesquisa. Sabe-se que os jovens têm contribuído para a variação linguística por meio da introdução de gírias e outras marcas linguísticas locais. A escolha do léxico como fenômeno de estudo se justifica pelo fato de ser o mais evidente ou saliente na variedade (TIMBANE, 2013) carregando significados que variam de variedade em variedade. A língua falada será o principal objeto da presente pesquisa porque ela representa real língua em uso, se entendermos a língua como um produto social e um conjunto de convenções adotadas pelo corpo social (SAUSSURE, 2006). Espera-se a produção de artigos, capítulos que serão publicados em revistas especializadas.
Charlotte Marie Chambelland Galves
Edson Tosta Matarezio Filho
Huda Silva Santiago
Josane Moreira de Oliveira
Liliane Lemos Santana Barreiros
Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda
Natival Almeida Simões Neto
Norma Lucia Fernandes de Almeida
Este projeto de pesquisa será executado nos próximos quatro anos na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e tem como objetivo geral documentar e descrever comunidades de falas e de práticas afro-brasileiras da região do Recôncavo da Bahia, por meio de registros fônicos e de vídeos, realizando e fomentando pesquisas que tratem da participação de línguas e culturas africanas na formação do português brasileiro (PB). As questões, as hipóteses, os objetivos e a justificativa da pesquisa são pautados no entendimento de que a presença massiva de africanos escravizados durante mais de três séculos, que, na Bahia, muitas vezes suplantou em número a dos colonos portugueses e seus descendentes, parece ter desempenhado um papel que não pode ser minimizado nos estudos históricos e descritivos do PB. A pesquisa projetada visa a contribuir com a larga tradição dos estudos linguísticos de cunho sócio-históricos da Bahia, propondo uma inovação: a de registrar comunidades de práticas, para além do registro de comunidades de fala. A pesquisa alinha-se às ações de mapeamento, documentação e de estudo das variedades linguísticas no Brasil, impulsionadas pelo INDL (BRASIL, 2010), algo que demandou que a sua fundamentação teórica e metodológica fosse constituída em interface com ações políticas e de estudos descritivos multidisciplinares. Foi sob essa perspectiva que foi adotado os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista, na sua chamada Terceira Onda (ECKERT, 2000, 2004, 2012). O trabalho a ser executado possibilitará uma ampliação da agenda de estudos que tratam do português falado em comunidades rurais afro-brasileiras, com adoção de métodos etnográficos, já testados por nós no estado de Sergipe, pela coordenadora do projeto Silvana Silva de Farias Araujo, com financiamento do CNPq, por meio do seu sistema de Bolsas de Pós-Doutorado (PDJ/CNPq)..
Patrício Nunes Barreiros
Sandro Marcío Drumond Alves Marengo
Silvana Silva de Farias Araujo
Zenaide de Oliveira Novais Carneiro
Linha de Pesquisa: Práticas Textuais e Discursivas
Alex Sandro Beckhauser
Alexandre António Timbane
África(s): interculturalidade, ensino e práticas pedagógicas
Esta linha concentra-se na investigação e desenvolvimento de estratégias pedagógicas inovadoras voltadas para a compreensão aprofundada e alargada das diversas realidades do continente africano. Busca explorar, de maneira crítica e interdisciplinar, a intersecção entre o ensino, as práticas pedagógicas e os princípios da interculturalidade, reconhecendo a importância de promover uma educação mais inclusiva e sensível à diversidade. O cerne dessa linha reside na análise e no aprimoramento das práticas educacionais, com foco especial no ensino relacionado às África(s) e em como suas representações são abordadas no contexto escolar. Por meio de uma abordagem intercultural, busca-se transcender estereótipos e simplificações, promovendo uma compreensão mais autêntica e original das diversas culturas, memórias e tradições africanas. Os/as pesquisadores/as envolvidos nesta linha deverão explorar criticamente os materiais didáticos, currículos escolares e métodos de ensino, visando identificar lacunas, desafios e oportunidades para aprimorar o ensino sobre África(s). Além disso, buscam desenvolver e testar práticas pedagógicas inovadoras que integrem de maneira eficaz as diversas dimensões culturais e interculturais, contribuindo assim para a formação de uma consciência mais ampla e respeitosa. Ao abordar a interculturalidade no ensino de África(s), esta linha de pesquisa não apenas se dedica à transmissão e/ou produção de conhecimento, mas também busca promover uma educação transformadora que estimule a reflexão crítica, desafie estereótipos e promova o entendimento profundo e largo das realidades africanas. Através dessa abordagem, espera-se que os resultados dessa linha de pesquisa possam impactar positivamente as práticas educacionais, influenciando a construção de uma narrativa mais autêntica e inclusiva sobre África(s) no ambiente escolar.